8 Tendências na Saúde em 2019

Todos os anos as grandes consultoras, em linha com os vários atores do mercado da saúde e a imprensa especializada, fazem uma previsão das tendências anuais para o sector. Este ecossistema conta com desafios e inovação em termos mundiais, com algumas medidas já a acontecer na nossa realidade, e outras ainda a alguma distância de serem implementadas. A transformação digital e a inteligência artificial, cada vez mais, comandam as operações de uma área em grande convulsão.

1. Grande Investimento em Inteligência Artificial

As previsões dizem que o investimento em Inteligência Artificial (IA) na área da saúde ultrapassará 1,7 biliões de dólares. Acredita-se que os investimentos neste tipo de aplicações possam chegar a um ganho de produtividade de até 15%. Espera-se que diagnósticos por imagem, descoberta de novos medicamentos e análises clínicas sejam otimizados a partir da implantação de soluções baseadas em IA. Essa tecnologia possibilitará aos médicos analisarem padrões com base em dados de pacientes, seja para evitar epidemias antes que ocorram ou para identificar pacientes/populações em risco. Pacientes com doenças crónicas, por exemplo, podem ser inseridos em programas para ajudá-los a lidar com a patologia, com custos menores para o sistema. A IA também é uma forma de evitar as reinternamentos, um problema para os pacientes que também gera custos suplementares para os hospitais. A ideia básica aqui subjacente é a de otimizar o tempo dos médicos. Além de inovações substanciais, como a cirurgia robótica assistida por IA, a tomada de decisões é aprimorada por meio da integração mais inteligente das evidências atuais e do histórico do paciente.

2. Tecnologias de gestão particular

Há previsões de que as tecnologias voltadas para a saúde fora do ambiente hospitalar cresçam cerca de 30%. A tecnologia deverá proporcionar aos indivíduos condições para gerirem a própria saúde. Aplicações que fomentem o bem-estar (como bons hábitos alimentares, terapias, gestão de receitas e saúde comportamental) terão uma expansão.

3. Os modelos de resultados

Estima-se que 15% dos gastos globais com saúde estarão nos modelos centrados em resultados. Essa realidade será ainda mais presente em países que destinam uma percentagem considerável do orçamento na saúde – casos de 10% ou mais do seu Produto Interno Bruto (PIB), como são os casos da Alemanha, Canadá ou França. As apostas em prevenção e tratamento serão estratégias direcionadas para o reembolso sustentável aos beneficiários, seguradoras, etc.

4. Análise de dados

As soluções baseadas na inteligência de dados ganharão espaço neste setor e ajudarão nas decisões de gestão. Imagina-se que cerca de 50% das empresas desta área de saúde contarão já com consulta de dados para tomar decisões e definir políticas. A identificação de indivíduos em risco; os tratamentos com maior efetividade e menor custo ou a automatização de processos operacionais, são exemplos. A tendência é que a incorporação dos dados como estratégia seja feita de maneira progressiva nos próximos anos.

5. Tecnologia de blocos de dados (Blockchain)

O blockchain, ou armazenamento de informações em blocos de dados altamente seguros, será também integrado na área da saúde, à semelhança de outras. Este ano, muitas aplicações baseadas nesta técnica deverão estar em fase de experiência e discussão. Mediante os resultados, este tipo de soluções deverá estar disponível para comercialização em breve.

6. Ásia: um novo centro de inovação

Os mercados emergentes têm ganhado espaço e, a Oriente têm-se desenvolvido medicação e dispositivos que consideram sobretudo as características dos asiáticos (corpos, estilo de vida, etc.). Acredita-se que em 2019 aproximadamente 10% dos investimentos em investigação e desenvolvimento sejam destinados às inovações promovidas pela Ásia e destinadas à área da saúde. O destaque vai, sem surpresas, para a China.

7. Tecnologia por comando de voz

O sector da saúde já se aproxima das grandes empresas do mercado especializadas em voz, com o objetivo de melhorar resultados numa escala que seria impossível com o pessoal clínico existente. Entre as rotinas que utilizarão o comando de voz estão o diagnóstico de exames, atendimento de pacientes (em especial, idosos) e a transmissão de informações curtas, com transcrição das falas. Capacitar as pessoas para tomar decisões de saúde conscientes é um dos objetivos, tal como ajudar os pacientes que saem dos hospitais ou consultórios para se manterem comprometidos com os tratamentos. Espera-se que este tipo de tecnologia venha a ter um foco cada vez mais amplo no tom, na inflexão e nos demais elementos que imitam uma conversa natural. Os pacientes deverão sentir-se como se estivessem a conversar com uma pessoa. A era das ligações telefónicas por robots, será substituída por chamadas mais dinâmicas, que criam um diálogo mais empático.

8. Personalização nos cuidados de saúde

Uma parte dos seguros de saúde privados ficaram desfasados das necessidades reais dos consumidores. Dando continuidade a uma tendência que já está no mercado, estima-se que haja novas soluções adaptadas a vários segmentos de mercado. Os dados de cada um dos beneficiários servirão de base às ações de personalização deste tipo de serviços.

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