Gripe: neste inverno, aposte na prevenção
A gripe é uma doença contagiosa que, por norma, se cura espontaneamente. No entanto, podem ocorrer complicações, particularmente em pessoas com doenças crónicas ou com 65 ou mais anos de idade. A vacinação é a melhor prevenção, sobretudo para as complicações graves. A Direção-Geral da Saúde recomenda a vacina, preferencialmente até ao final do ano, embora possa ser administrada durante todo o inverno.
A época de vacinação teve início a 7 de setembro, de modo a garantir uma melhor e maior proteção durante o período da epidemia de gripe que, em Portugal, habitualmente, tem início na segunda quinzena de dezembro.
A Vacina:
– Vacine-se: a maior arma contra a gripe continua a ser a vacina. Demora cerca de 15 dias a fazer efeito e tem a duração de um ano, porque, todos os anos, as estirpes abrangidas pela vacina são diferentes. Os centros de vigilância da gripe a nível mundial estudam quais serão aquelas que vão estar em circulação no inverno seguinte e incluem-nas na vacina.
– A vacina exclui o risco? Não. Pode contrair-se gripe por vírus de estirpes menos comuns, não previstas na vacina do ano. Doenças provocadas por outros vírus que não o da gripe também podem manifestar-se por sintomas semelhantes aos da gripe. A vacina não oferece uma garantia absoluta. É possível que a composição seja inadequada, se surgir uma estirpe diferente do previsto. A vacinação pode fornecer uma boa proteção num ano, mas ser menos eficaz no ano seguinte. Para a vacina ser eficaz, o sistema imunitário tem de responder corretamente e o organismo deve produzir anticorpos suficientes. Mais do que prevenir a gripe, a vacina para os grupos de risco pretende evitar complicações maiores.
Outras formas de prevenção:
– Mantenha o conforto térmico e fuja das variações de temperatura: É importante andar vestido consoante a temperatura dos ambientes em que se está – e andar vestido por camadas, para as poder colocar ou retirar. Não é bom sair de ambientes quentes como o escritório, o carro, o ginásio, etc., para a rua, mal agasalhado. Não esquecer as extremidades do corpo por onde escapa boa parte do calor, nomeadamente a cabeça.
– Use lenços descartáveis, cubra a boca e mantenha a distância social: não use lenços de pano, porque contribuem para a disseminação da doença e tente o mais possível cobrir a boca, com o lenço ou com o antebraço, quando tossir ou espirrar. Não deve usar a mão, por regra, mas se tiver de a usar, lave-a assim que puder, e não a leve à boca, olhos, etc.
– Evite lugares fechados com muita gente: lugares com muitas pessoas, como centros comerciais ou transportes em hora de ponta, são desaconselháveis, uma vez que propiciam muito o aumento da disseminação do vírus.
– Ligue para a Linha SNS 24: quando apresenta sintomas mais severos, não se dirija logo às urgências, por serem locais com muita gente infetada. Ligue primeiro para o SNS 24 e perceba se tem indicação para ir ou se pode ir a um centro de saúde, posto médico, etc.
– Coma alimentos ricos em Vitamina C ou ingira vitamina artificial: o ideal é fazer uma alimentação equilibrada sempre, mas, nestas alturas, algumas frutas e vegetais ajudam a combater a doença e a possibilidade de a contrair.
– Hidrate-se: beba muitos líquidos: águas, chás, sumos, sopas, etc. Manter a hidratação corporal é importante para liquidificar as secreções e proteger as mucosas (nariz e garganta).
– Lave as mãos: aumente o número de vezes que lava as mãos por dia, nunca esquecendo antes das refeições, quando vai ao WC, etc.
– Mexa-se: o exercício físico é importante para todos e fundamental para estimular o sistema imunitário, evitando gripes e constipações. Caminhar 30 minutos por dia, em passo acelerado, já ajuda.
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