Cancro do Ovário: O papel das Farmácias na consciencialização e apoio

O Dia Mundial do Cancro do Ovário, celebrado a 8 de maio, alerta para uma das doenças ginecológicas mais letais e silenciosas. Em Portugal, estima-se que sejam diagnosticados cerca de 500 novos casos por ano. É o oitavo cancro mais frequente e 80% dos casos são diagnosticados em estádios já avançados. Afetando maioritariamente mulheres entre os 50 e os 70 anos, esta doença apresenta uma elevada taxa de mortalidade devido ao diagnóstico tardio.
Sintomas do cancro do ovário: Discretos e fáceis de ignorar
Inicialmente, o cancro do ovário pode ter poucos sintomas, o que torna difícil o diagnóstico. Os sinais mais comuns são:
- Dor abdominal ou pélvica
- Distensão abdominal
- Prisão de ventre ou diarreia
- Sensação de enfartamento ou perda de apetite
- Alterações urinárias
- Sangramento vaginal
- Sensação de cansaço extremo
A inespecificidade dos sintomas dificulta a deteção precoce, sublinhando a necessidade de maior consciencialização e vigilância.
Farmácia: Um aliado de proximidade
As Farmácias desempenham um papel fundamental na sensibilização do cancro do ovário e na orientação das Utentes. Ao estarem em contacto direto com a comunidade, podem identificar sinais de alarme, incentivar consultas médicas e fornecer informação sobre fatores de risco, como por exemplo:
- Histórico familiar de cancro de ovário: o risco é maior se os familiares tiveram a doença em idade precoce
- Antecedentes pessoais de cancro: o risco é maior em mulheres com antecedentes de cancro da mama, útero ou colorretal
- Mutações genéticas herdadas: entre 6% a 25% dos cancros do ovário têm uma mutação do gene BRCA1 ou BRCA2
Durante a fase de tratamento, podem ajudar a gerir os efeitos secundários, promover a adesão à terapêutica e oferecer suporte emocional. Tornam-se assim um elo de confiança e cuidado.
Neste Dia Mundial do Cancro do Ovário, é fundamental reconhecer o papel das Farmácias como agente ativo na luta contra esta doença. A sua intervenção pode fazer a diferença.