Estratégias para Manter o Cérebro Jovem

As melhores estratégias para manter o cérebro jovem

O cérebro, cujo Dia Mundial se assinala neste dia 22 de julho, é um dos mais preciosos recursos do organismo humano.. As neurociências há muito que nos explicam que  não se desenvolvem novos neurónios  desde que nascemos e a maioria deles, quando se perdem, é de vez. O ser humano não consegue regenerar este tipo de célula, podendo apenas intervir, clinicamente, quando estas começam a dar sinais de enfraquecimento.

É, pois, essencial a preocupação de manter o cérebro ativo, como quem mantém uma árvore e os seus ramos saudáveis, ajudando a prevenir uma série de potenciais patologias. A estrutura do cérebro funciona como um músculo que quando não é usada atrofia, e tem, por assim dizer, de ‘regressar ao treino’ para ser ativada.

Sabemos, por exemplo, que cada vez que aprendemos uma coisa nova – seja uma língua, um instrumento musical, conduzir um veículo, fazer crochet ou jogar xadrez – o cérebro cria uma nova rede neuronal, por meio de sinapses, as ligações entre neurónios. Há muitos estudos que falam mesmo de aumentar as capacidades cognitivas, caso o indivíduo aposte na aprendizagem contínua, e de travar a deterioração cerebral que já esteja em curso.

Um cérebro inativo pode  ficar muito aquém das suas capacidades, para além de ser muito mais permeável a  demências e doenças degenerativas, de que é exemplo a doença de Alzheimer.

A nossa vida, pessoal ou profissional, passa por muitas fases, planeadas ou inesperadas – e devemos, desde cedo, aprender a defender o nosso cérebro – ou seja, ganhar bons hábitos, dado que são condição essencial e básica da saúde de todo o organismo.

Há atividades que podem parecer supérfluas e que nos ajudam muito. Há outras, que oferecem muito pouco estímulo cerebral, e podem até ser nocivas no caso de demasiadas horas com estas.

Boas atividades

Ver televisão ou navegar nos murais de redes sociais são atividades que pouco acrescentam em termos de ginástica cerebral. Já dançar, aprender um instrumento, aprender uma língua, jogar jogos de tabuleiro e cartas, trabalhos manuais vários (tricot, olaria, etc.), jogos de vídeo, palavras cruzadas, trabalho doméstico, ler, escrever à mão, entre muitas outras, são consideradas atividades saudáveis. Tudo isto foi alvo de estudos que confirmam que   contribuem para o bem-estar cerebral, diminuem o risco de doenças várias, podem potenciar capacidades diversas e são um antídoto anti-envelhecimento a manter ao longo da vida. Se ler ou jogar ajuda, de facto, não é, no entanto, comparável com aprender a fazer coisas novas e manter uma atitude de auto-superação. Aprender sempre é o que pode fazer toda a diferença.

Sono

Dormir entre 7 a 8 horas regulamentares, fazer a sesta e manter hábitos de descanso também contribui para a saúde cerebral. As insónias e a apneia do sono, ao contrário, são associadas à demência.

Exercício físico

O exercício é muito importante nesta matéria, tendo-se provado até que é possível criar mais células na área cerebral que é importante para a memória, o hipocampo. Um programa popular da BBC reuniu um grupo de pessoas com mais de 60 anos para fazer aulas de ténis de mesa. Já era sabido, mas o programa conseguiu demonstrar o efeito poderoso que essa aprendizagem desportiva teve nos seus cérebros, tendo-se comprovado que, nalguns casos, o córtex cerebral aumentou.

Alimentação

A nutrição adequada é fundamental para a saúde em geral. Como alimentos amigos do cérebro estão garantidos os frutos secos, as castanhas, os peixes gordos, os frutos vermelhos, o tomate, as uvas, os espinafres, os ovos, chás verdes, vermelhos e brancos e cereais como a quinoa. As vitaminas do complexo B são fundamentais, assim como todos os alimentos que contêm ácidos gordos, ómega 3 e anti-oxidantes.

Álcool e tabaco

É facto que o consumo de álcool prejudica o cérebro nas suas várias funções, com exceção de consumos residuais e só de algumas bebidas. Duas bebidas (de teor alcoólico relativamente ligeiro) deve ser o limite máximo diário, já que o álcool é um fator de risco importante para a demência. Já o tabaco, ataca a saúde de uma forma geral, não sendo o cérebro exceção e está também muito associado à doença mental.

 

Vida social e comunitária

O homem é um animal social. A confirmar esta ideia está o facto de estar comprovado que as pessoas que mantêm contacto com outras têm melhor memória e processamento mental, e que, ao contrário, a solidão aumenta a probabilidade de doença. Passar tempo com amigos e família, especialmente quando se envelhece, poderá ser uma das melhores ajudas para não sofrer de demência.

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