Alergia e Asma: duas patologias para prevenir e controlar

alergia e asma

Alergia e Asma: duas patologias para prevenir e controlar

 

A 8 de Julho assinala-se o Dia Mundial da Alergia e, a este propósito, lembramos que é possível ajudar a prevenir e controlar as patologias respiratórias, que estão entre as doenças com maior incidência no planeta. O seu controlo depende, em grande parte, da boa integração da informação e das rotinas de prevenção e controlo no dia-a-dia dos pacientes.

 

O que acontece quando somo alérgicos?

Podemos olhar para as alergias como uma ‘defesa excessiva’ do organismo. Desenvolvemos anticorpos específicos que originam uma reação inflamatória e que pode surgir em várias zonas do corpo e de diversas formas.

Há vários tipos de substâncias que podem provocar uma reação alérgica. Entre os mais comuns estão os pólenes das plantas, os ovos, o leite, os medicamentos ou o pó da casa. Atualmente existem tratamentos que ajudam a aliviar eficazmente os sintomas, embora não exista cura na maioria dos casos.

A origem das alergias tem sobretudo base genética, mas a investigação científica indica que o meio ambiente tem cada vez maior impacto no desenvolvimento dos casos alérgicos. Estes fatores de risco ligados ao estilo de vida das sociedades ocidentais – sedentarismo, alteração da dieta, obesidade, poluição dentro e fora dos edifícios, exposição a alergénios e consumo excessivo de medicamentos (nomeadamente de antibióticos) – têm contribuído para um enorme crescimento das doenças alérgicas nas últimas décadas.

A alergia pode tornar-se crónica, e o nível de gravidade da doença pode variar em função do tempo de exposição ao alergénio. Em casos graves, algumas alergias, bem como a asma descontrolada, podem revestir-se de sintomas de gravidade extrema, pelo que exigem sempre acompanhamento clínico.

 

alergia e asma

 

Como evitar crises alérgicas dentro de casa?

 

  • Aspirar a casa com um filtro específico de alta eficiência na remoção de partículas;
  • Arejar a casa diariamente, uma vez que a renovação do ar previne doenças e o excesso de humidade, que também pode ser controlado com um desumidificador. Abra as janelas em alturas de menor poluição (noite e madrugada), especialmente se existirem grandes redes viárias nas proximidades;
  • Ter atenção ao pelo dos animais, mantendo-os afastados dos quartos, se for alérgico;
  • Excluir o consumo de tabaco em espaços fechados;
  • Escolher bem o tipo de aquecimento para interior, pois alguns sistemas, como as lareiras, provocam fumo e irritação;
  • Evitar alcatifas e carpetes;
  • Cobrir o colchão e almofadas com um resguardo específico e evitar colchões velhos, de forma a proteger-se melhor contra os ácaros;
  • Preferir lençóis de algodão e edredão sintético;
  • Retirar do quarto objetos que acumulem pó (ex. livros, peluches, etc.);
  • Lavar a roupa da cama e as cobertas plásticas com água a temperaturas superiores a 50ºC.

 

Como evitar os alergénios do ambiente exterior?

Podemos dizer que os pólenes são os alergénios mais relevantes do ambiente exterior. Para quem é alérgico a este tipo de substância, a altura mais crítica do ano é a primavera. A adoção de algumas medidas é útil para se defenderem:

  • Evitar o campo durante os períodos de grande concentração de pólenes, especialmente de manhã;
  • Usar óculos escuros;
  • Viajar durante as épocas e para locais livres dos pólenes aos quais é alérgico;
  • Conhecer o boletim polínico, que prevê a concentração dos pólenes por região e data. Está disponível no site da  ;
  • Quando em andamento, manter as janelas do carro fechadas. No caso dos motociclistas, utilize capacete integral.

 

Tratamentos farmacológicos mais comuns:

O tipo de medicação a seguir deve ser definido com apoio clínico, nomeadamente numa consulta com um imunoalergologista. Os doentes devem estar sempre informados e saber o que fazer se tiverem uma crise. Há uma necessidade de tratar os episódios agudos com uso de medicação, evitar os fatores de agravamento, isto sem esquecer o tratamento preventivo por via de vacinas antialérgicas, nos casos em que se aplicam. Há 3 grupos de medicamentos:

  • Vacinas antialérgicas: são um tratamento específico, dirigido ao alergénio implicado, que podem ter grande eficácia desde que aplicadas corretamente e sempre com indicação e vigilância médica. Este método visa modificar a evolução da doença alérgica.
  • Medicamentos preventivos: são anti-inflamatórios que permitem combater a inflamação alérgica e evitar o aparecimento dos sintomas;
  • Medicamentos sintomáticos: pretendem aliviar as queixas e incluem anti-histamínicos para o controlo dos sintomas de alergia a nível do nariz, dos olhos ou da pele, bem como broncodilatadores para o tratamento das queixas de asma, por exemplo.

 

 

E no caso da asma?

É sabido que sensivelmente metade dos doentes asmáticos em Portugal não têm a sua asma controlada. A doença está a aumentar, sobretudo nos grandes aglomerados urbanos, também devido aos níveis de poluição atmosférica e alterações climáticas. Em 2025, a asma será a doença crónica mais prevalente da infância e uma das maiores causas de despesa nos orçamentos da saúde pública.

Como devemos prevenir a asma?

É bom lembrar que a prevenção é quase sempre a melhor atitude. Devemos evitar infeções respiratórias pelo controlo dos principais fatores desencadeadores; tomar vacinas para a alergia (o que pode significar prevenção ou tratamento) e ainda adotar medidas, acima referidas, de controlo do ambiente para diminuir a exposição a alergénios como ácaros, tabaco e poluição doméstica.

 

Os fatores de risco mais comuns são, portanto, ácaros domésticos, baratas, pólenes, pelos de animais, tabaco (fumo ativo ou passivo) e poluição (atmosférica ou doméstica). Outros fatores desencadeadores são o exercício físico, o uso de fármacos como a aspirina, a inalação de ar frio, algumas infeções víricas ou a exposição a substâncias que funcionam como alergénios ou como irritantes químicos.

Sabemos também que pode, de facto, prevenir-se o aparecimento de asma, especialmente nas crianças enquanto são amamentadas.

 

A imunoterapia (estímulo das defesas do próprio organismo para combater uma doença) específica para o tratamento de alergias aos pólenes, ácaros domésticos, pelos de animais ou fungos de ambiente, deverá ser considerada quando não se consegue evitar os alergénios, ou quando a terapia prescrita para determinado caso não consegue controlar os sintomas da asma. A imunoterapia deverá ser sempre administrada por especialistas nesta doença.

 

Para além do acompanhamento médico, os profissionais de saúde de proximidade, como os farmacêuticos, podem ajudar no controlo diário da doença, nomeadamente na necessidade de adaptação da medicação deste tipo de patologia, situação recorrente no caso dos doentes asmáticos.

 

Fontes:

Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica

Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica – Manual Educacional do Doente

CUF

https://www.cuf.pt/saude-a-z/alergias

CUF

https://www.cuf.pt/saude-a-z/asma

https://hff.min-saude.pt/como-sobreviver-as-alergias-da-primavera/

Lusíadas Blog

Farmácias Portuguesas

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MSD Manuals

MSD Manuals

https://www.msdmanuals.com/pt-pt/casa/SearchResults?query=Asma

 

 

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