Industry Talks – Ricardo Oliveira, Diretor Geral da Organon Portugal
- A Organon tem como foco desenvolver medicamentos na área da saúde feminina. Qual é a importância de existir uma companhia farmacêutica que olha especificamente pela saúde da Mulher?
É crucial para o desenvolvimento de respostas adequadas e atempadas para os problemas específicos da Mulher. Desde o primeiro dia, enquanto especialistas em saúde da Mulher, que assumimos o compromisso de ouvi-las para melhor atendermos às suas necessidades de saúde, e desenvolver terapêuticas que melhorem a sua qualidade de vida.
E há tanto para fazer. Por exemplo, estima-se que 45% das gravidezes, em todo o mundo, não são planeadas, e que das 26 milhões de Mulheres que sofrem de fibromiomas uterinos, mais de 80% não são diagnosticadas nem tratadas. Já os problemas de fertilidade afetam um em cada sete casais.
Portanto, a nossa missão não poderia ser mais atual e importante – porque quando intervimos na Saúde da Mulher, estamos também a intervir nas Famílias e nas comunidades que integram e em que, frequentemente, são determinantes para o respetivo funcionamento e sobrevivência.
- Quais as dimensão do mercado português, na área da saúde da Mulher, que identificam terem mais necessidade de trabalho e onde pode a Organon aí contribuir?
A Organon trabalha atualmente com um portefólio de mais de 60 medicamentos e produtos de saúde, muito focado na Saúde da Mulher, com soluções para contracepção, fertilidade, cancro da mama (medicamentos biossimilares), doenças cardiovasculares, respiratórias, dermatológicas e do sistema nervoso central.
A nossa equipa conta com 60 colaboradores, que têm com uma vasta e multifacetada experiência e know-how, que estendem a sua intervenção e expertise até ao terreno, onde a nossa equipa de delegados de informação médica colabora e dá apoio a mais de cinco mil profissionais de saúde, como verdadeiros parceiros para a Saúde da Mulher.
- Estando numa fase de lançamento, que projetos tem a Organon para o futuro em Portugal?
O nosso objetivo é tornarmo-nos uma empresa farmacêutica de referência nas soluções para a Saúde da Mulher, com uma presença nacional e global cada vez mais significativa. O ano de 2021 marca o nosso nascimento enquanto empresa farmacêutica global e independente. Partimos de um forte posicionamento e acreditamos que teremos um crescimento sólido e sustentado nos próximos anos.
Estamos certos de que o nosso pipeline e a nossa atividade de investigação e desenvolvimento serão essenciais para o nosso crescimento e para a afirmação da Organon enquanto companhia global na Saúde da Mulher.
- Ter uma relação privilegiada com o canal Farmácia é fundamental. Ainda que com uma vida curta, de que forma a têm implementado, e como a perspetivam para o futuro?
Esta é uma das áreas que mais mobiliza a nossa atenção e compromisso. É consensual que, em Portugal, o canal Farmácia é uma porta de entrada no sistema de Saúde, e que os Farmacêuticos continuam a dispor, justificadamente, de uma muito positiva imagem junto dos Portugueses.
Trabalhar com as Farmácias é trabalhar com as comunidades, com os utentes, com todas as pessoas que confiam num serviço essencial e de forte e cultivada proximidade.
Estamos a intensificar cada vez mais o nosso trabalho com este stakeholder tão importante e precioso, tendo em linha de conta a individualidade de cada Farmácia e respeitando, assim, a individualidade cada comunidade – queremos ser verdadeiros parceiros.
- Em termos de inovação, quais as soluções a trabalhar nos próximos anos para poder sedimentar a presença e o posicionamento de mercado da Organon junto das Farmácias e dos consumidores?
Os desafios que se colocam às Farmacêuticas assentam muito na mais-valia da sua atividade de investigação e desenvolvimento, bem como na credibilidade e constante comprovação de eficácia e efetividade dos produtos estabelecidos.
A existência de muitas companhias focadas no desenvolvimento de novas soluções, ou no alargamento de indicações para as já existentes, tem de se guiar por um princípio básico – entregar valor. Este é o caminho fundamental que o futuro nos exige.
Quanto às Farmácias, a Indústria Farmacêutica deve ter um conhecimento claro da importância de todos os integrantes da cadeia de valor do medicamento. E, neste contexto, as Farmácias serão cada vez mais relevantes.
Aliás, a decisão de conceder acesso em Farmácia comunitária a algumas terapêuticas até aqui só acessíveis em meio hospitalar, numa lógica de proximidade, comodidade para os doentes e potenciação da adesão à terapêutica, comprovam bem o papel tão importante das Farmácias para o funcionamento e sustentabilidade do sistema de Saúde.
Contarão com a Organon nesta caminhada. É esta a nossa estratégia e é este o nosso compromisso.
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