Doar sangue é um ato essencial de cidadania
A 14 de junho comemora-se o Dia Mundial do Dador de Sangue, a ocasião ideal para recordar a necessidade de doar sangue como uma prática de cidadania, saúde e solidariedade. O sangue não pode ser fabricado e a necessidade de reservas é uma realidade. É consensual na comunidade científica e médica que esta doação não tem consequências negativas para a saúde de quem está habilitado a doá-lo.
A realidade nacional
De acordo com os dados mais recentes do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), em 2022 houve cerca de 306 mil dádivas de sangue, proveniente de 203 mil doadores. Nesse ano, registou-se uma diminuição em relação ao ano anterior.
A média de idades tem-se mantido nos 40 anos, com um aumento de 0,9% em 2022 na faixa etária mais jovem (18-24 anos).
Em Portugal, 47% da população é do grupo sanguíneo A, 42% é tipo O, 8% tipo B e 3% AB.
Quem pode doar sangue?
Podem doar sangue as pessoas entre os 18 e os 65 anos, sendo que para a primeira doação a idade limite é os 60 anos. Ser saudável e pesar no mínimo 50 quilos é também um requisito. Há, portanto, uma grande faixa da população que o pode fazer.
Não é impedimento:
- Ter piercings ou tatuagens. É apenas necessário aguardar pelo menos quatro meses após a sua realização.
- Ter um tipo de sangue comum. São também os tipos de sangue que são necessários em maior quantidade.
Existem alguns constrangimentos à doação, indiretamente relacionados com a condição de saúde, mas muitos são impedimentos apenas temporários. Cumprido o prazo estipulado de “quarentena” – que pode ir de uma semana a 6 meses, de acordo com situações específicas – pode voltar a dar sangue em qualquer altura.
Não é preciso marcar
Nos Centros de Sangue e da Transplantação de Lisboa, Porto e Coimbra do IPST pode dar sangue de segunda-feira a sábado. No site do IPST pode consultar as sessões de colheita realizadas no nosso país, por data e local.
Só precisa de 30 minutos para doar sangue
O procedimento de recolha de uma dádiva de sangue demora cerca de 30 minutos e os intervalos mínimos recomendados entre cada doação são de 3 meses para os homens e 4 meses para as mulheres. Pode dar sangue 3 vezes por ano (se for mulher) e 4 vezes por ano (se for homem), o que perfaz um máximo de duas horas anuais, no total.
Tem direito ao seguro de dador
Um dos direitos consagrados na lei é o acesso a um seguro que garante ao dador a indemnização por danos resultantes da dádiva ou de acidentes que possa sofrer no percurso de ida e volta do local de colheita, em território nacional.
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