Saúde mental no pós-pandemia: uma prioridade de todos

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Cuidar da saúde mental no pós-pandemia: uma prioridade de todos

No rescaldo do período pandémico de maior intensidade, começam a notar-se os efeitos colaterais na saúde mental das populações. As crianças, os adolescentes e as mulheres estão entre os grupos mais afetados, segundo indicam estudos de organizações como a UNICEF ou a União Europeia. Cada um de nós pode adotar algumas ideias práticas para melhorar e prevenir este tipo de patologia.  

 

Uma das grandes aprendizagens que esta pandemia nos deixa é que a saúde mental deve ser nutrida diariamente. Não devemos tomar medidas só no pós-adoecimento, mas apostar na prevenção. O equilíbrio e a busca da saúde já estavam descritos na antiguidade – mente sã em corpo são – e esse ideal deve ser perseguido por todos nós.

Bons hábitos para manter:

  • Uma boa higiene de sono;
  • Alimentação saudável e equilibrada;
  • Prática de exercício ou atividade física (desporto, dança, yoga, caminhadas ao ar livre…) e exposição solar adequada;
  • Limitar o tempo de ecrã e fazer outro tipo de atividades;
  • Prática de atividades que promovam o bem-estar, prazer e satisfação pessoal, como hobbies;
  • Manutenção de ligações sociais e afetivas de qualidade e apoio;
  • Partilhar dores e problemas com pessoas de confiança e em relações de proximidade;
  • Evitar consumo excessivo de bebidas alcoólicas e outras substâncias tóxicas;
  • Pedir ajuda clínica quando já tentou lidar com o seu mal-estar sem sucesso e há a evidência de desequilíbrio ou perturbação emocional, que altera ou invalida o funcionamento quotidiano, através de sintomas de intensidade mais elevada que se prolongam no tempo.

 

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Plataformas e aplicações podem ajudar

Neste contexto também a tecnologia pode trazer inovação para ajudar as pessoas a lidar melhor com a sua saúde mental, nomeadamente através de apps, plataformas ou conteúdo específico e direcionado sobre o assunto. Estas surgiram em Portugal:

Universidade de Coimbra – 12 Boas Ideias

A Universidade de Coimbra compilou numa plataforma algumas ideias nesta matéria. Chama-se “12 Boas Ideias para Cuidar da Sua Saúde Mental”, disponível em uc.pt/cuidarsaudemental, e conta com uma série de conselhos, em formato vídeo, dados por investigadores da Universidade de Coimbra. Algumas das dicas para uma saúde mental mais equilibrada passam por aceitar o medo e a ansiedade, cultivar a gratidão e promover uma comunicação e escuta compassiva.

Universidade do Minho – P5

O Centro de Medicina Digital P5, um projeto da Universidade do Minho, lançou uma aplicação para telemóvel focada no cuidado da saúde mental. O objetivo é ajudar qualquer pessoa que sinta necessidade de acompanhamento a autoavaliar e a automonitorizar sintomas, com foco nas duas doenças psiquiátricas mais comuns: a depressão e a ansiedade. Destina-se à população geral e é gratuita. Tem funcionalidades relacionadas com o bem-estar, incluindo técnicas de relaxamento e de melhoria do sono, que ajudam a prevenir outras doenças. Pretende também aumentar a literacia em saúde mental.

Fundação José Neves – 29K

«Vivemos em média 29.000 dias. A decisão de os viveres de forma plena é tua!», diz o slogan da app 29k, criada pela Fundação José Neves e que conta já com uma comunidade de cerca de 15 mil utilizadores. Esta aplicação móvel permite aceder a ferramentas de base científica onde pode encontrar suporte para a sua saúde mental e desenvolvimento pessoal. Os utilizadores têm uma experiência personalizada e gratuita, e acesso a uma comunidade de apoio. A app foi pensada para quando alguém precisa de se acalmar ou mesmo para quem precisa de implementar mudanças mais profundas na sua vida. Tem exercícios, meditações ou cursos de pequena duração para amenizar sintomas de stress ou ansiedade, ataques de pânico, problemas nas relações pessoais, problemas de concentração, sentimentos opressivos ou conversas interiores negativas.

É urgente agir

Só no primeiro ano da pandemia de COVID-19, estima-se que a prevalência global de ansiedade e depressão tenha aumentado em 25%, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). O Atlas de Saúde Mental da OMS mostrou que, em 2020, governos de todo o mundo gastaram em média pouco mais de 2% de seus orçamentos de saúde nesta área e muitos países subdesenvolvidos relataram ter menos de um profissional de saúde mental por cada 100 mil pessoas. A OMS chama agora a atenção para o facto de que, embora a pandemia tenha gerado interesse e preocupação pela saúde mental, também revelou um subinvestimento histórico neste setor.

 

 

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